Vino 101 – Termos de Vinhos Italianos

Quando falamos de vinhos, os termos parecem ser infinitos! Mas não se preocupe, chegamos aqui para lhe ajudar. Hoje, o Vino 101, fala sobre palavras, conceitos e termos básicos que você pode ouvir quando discutimos e falamos sobre vinho. Esperamos que você saia dessa aula um verdadeiro italiano! (Ou pelo menos capaz de impressionar seus amigos na mesa do restaurante). 

Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre tipos básicos de vinhos, recomendamos que comece com nossa aula anterior. Hoje, abordaremos temas genéricos do mundo maravilhoso que é a vinicultura italiana! 

Denominações de Origem e Legislação Europeia 

Seja italiano, francês, português ou até mesmo alemão, vinhos (e diversos outros produtos e tradições regionais) são protegidos por rígidas legislações da União Europeia para que sejam seguidos padrões de produção e garantia na qualidade de um rótulo. Afinal, do que seria o Barolo se não fosse feito com a Nebbiolo? Entenda tudo que você encontrará ao comprar um vino no Eataly: 

IGP/IGT: Indicazione di Geografica Tipica – Determina principalmente a área de produção de um vinho. Vinhos com essa denominação podem ser produzidos com variedades de uvas estrangeiras, mas a região de plantio e produção é definida por lei. Os Supertoscanos são exemplos de rótulos que levam essa denominação, mesmo sendo comumente produzidos a partir de Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah, clássicas uvas francesas. Os métodos de produção podem variar dependendo do vinicultor, mas nunca a área em que a uva foi cultivada. 

DOC: Denominazione di Origine Controllata – Você pode encontrar essa rotulação como DOP também. Indica que o vinho precisa seguir parâmetros mínimos em relação a variedade de uvas utilizadas e sua área de cultivo. Todas as áreas das etapas de produção são pré-determinadas para que um rótulo leve essa denominação.  

DOCG: Denominazione di Origine Controllata e Garantita – Similar a DOC, DOCG indica além de área e variedade, regras específicas para a produção de um rótulo, como tempo de envelhecimento, forma de produção são alguns dos padrões estabelecidos para que se determine um vinho como DOCG. O Barolo e Brunello são os rótulos que tradicionalmente são associados a essa denominação. 

VdT: Vino da Tavola – Literalmente, vinho da mesa, vinhos que não tem nenhuma legislação específica em relação a sua produção. 

Agora que já entendemos o básico de denominações, conforme as legislações europeias e italianas, vamos no aprofundar no tema e entender o que significam alguns termos específicos que você pode encontrar em vinhos de nossa adega. Separamos 10 dos mais comuns termos de rótulos italianos: 

Castello: Castelo. Ou seja, normalmente é associado a um local de relevância histórica de produção vitivinícola ou uma vinícola tradicional (as vezes, milenar!). 

Classico: Um Clássico regional, muitas vezes é associado a legislações DOC ou DOCG, como o Chiante Classico, rótulo que difere do Chianti. Indica que sua produção é na zona histórica associada a vinicultura na região. 

Colli: Literalmente, colinas. 

Poggio: Colinas ou local elevado. 

Produttori: Produtores, normalmente usado para denominar uma cooperativa. 

Riserva: Rótulo que foi envelhecida por mais tempo que sua contraparte tradicional. 

Superiore: Normalmente associado a uma variedade regional com uma qualidade superior ao rótulo que não leva essa denominação. Assim como o termo Classico, é comumente associado com rótulos DOC e DOCG. 

Tenuta: Estado (em que foi produzido). 

Uvaggio: Mistura de variedades de uvas. 

Vecchio: Literalmente, velho ou envelhecido. 

Agora você já pode se sentir um verdadeiro italiano a mesa quando provar seus vinhos. Salute!